Você já ouviu falar em widget? Com certeza essa palavra engraçada não é totalmente estranha, mas poucos sabem de fato o seu significado por causa da sua diversidade de aplicações.
Na realidade, não existe uma definição fechada sobre o que é de fato um widget – justamente por eles ainda serem novidade –, mas pode-se dizer que essas ferramentas são pequenos aplicativos ou scripts de internet criados para exercer uma tarefa específica que têm uma vasta gama de utilizações possíveis.
Os widgets vêm em dois formatos básicos diferentes: os web widgets, que usam linguagem javascript ou flash para funcionar direto do navegador; e os desktop widgets, que o usuário precisa instalar no computador.
Web widgets
O web widget funciona para colocar conteúdo de um site em outro. Sabe quando você vê um vídeo do YouTube em outro site? Então, aquilo pode ser considerado um web widget. Janelas com mapas do Google Maps são outro exemplo.
Mas os widgets de internet não servem apenas para isso. Eles podem ser usados para montar um minisite em um pequeno espaço de outra página qualquer. Estas páginas em miniatura podem carregar desde o catálogo de vendas de uma loja até algum tipo de serviço informativo, como notícias em tempo real ou cotações de moedas.
Um site que não tem condições de produzir algum tipo de conteúdo poderia fazer um acordo com outro site que o faça. Assim, os web widgets acabam se diferenciando dos banners e links comuns porque fornecem informação sem precisar redirecionar o usuário a outra página.
Desktop widgets
Os desktop widgets diferem dos de internet por exigirem a instalação de um aplicativo no computador do usuário. Na verdade, é bem possível que você já use pelo menos um desktop widget sem nem saber. Exemplos incluem Google Earth e toda a variedade de Feeders RSS que lançam do desktop.
Como esses aplicativos trabalham a partir da proposta de facilitar a vida dos seus usuários, eles costumam ter uma interface mais compacta para não atrapalhar o usuário durante o trabalho. Geralmente ocupam pouco espaço no HD do computador e exigem pouco processamento por parte da máquina.
Publicidade
Empresas que trabalham com publicidade já estão vendo as potencialidades dos widgets. O Google, por exemplo, criou o Gadget Ad, serviço que permite o uso de web widgets na elaboração de publicidade, usando a base operacional do Google AdWords.
Dentro de todo esse hype, a agência de comunicação on-line Mídia Digital criou uma divisão voltada para a elaboração de widgets e Gadget Ads.
Como esses web widgets oferecem um serviço, os próprios usuários buscam o conteúdo. Assim, eles podem ser menos invasivos do que os pop-ups tradicionais sem perder em atratividade, diz o diretor de novos mercados Alexandre Kavinski.
Para o executivo, a linha de desenvolvimento mais promissora é a interação entre os desktop e os web widgets (a empresa usa a plataforma Gadget Ads). Essas ferramentas podem se complementar para estabelecer uma relação mais estreita com o cliente, reforçando a marca da empresa em questão.
O usuário poderia, por exemplo, encontrar informações meteorológicas da sua cidade a partir de um widget em um site aleatório. Se o serviço agradasse, ele poderia baixar um desktop widget com o clima do mundo todo atualizado em tempo real – sempre com a logomarca do patrocinador no cantinho do aplicativo.
Segurança
Kavinski ressalta que apesar do uso da linguagem JavaScript possibilitar a execução de códigos maliciosos pelo browser, todos os Gadget Ads passam por uma validação interna junto ao Google para atestar a segurança do aplicativo antes da sua veiculação.
A tendência de usar os widgets como novos negócios está mais do respaldada. A novidade tem recebido cada vez mais atenção de empresas de grande porte, como Apple, Microsoft, Google e Yahoo. Por trás de todo esse interesse está a tendência das empresas de internet de tentar simplificar a vida dos usuários com ferramentas cada vez menos complexas.